22 de setembro de 2010
(não) ser
Não,eu não existo. sou poeira sendo levada pelo vento,assim,sem rumo. sou nada. não sou. passei a ser depois das tuas palavras. tuas palavras me fazem existir. tuas vogais são meu sangue e tuas consoantes meus ossos. sou isso,uma pessoa feita de palavras,de rabiscos. mas você escreveu,escreveu e botou um ponto final, o que me deixou pronta porém incompleta, já que me escrevestes covarde e apaixonada demais. me deixastes cheia de tanto para ler. me destes o que ler,o que fazer e depois simplesmente saiu e deixou a porta aberta. agora não sou e não serei mais.