26 de outubro de 2011

Eu procuro algo que não existe. Espero, enfim, em vão. E vem, e vai. Ninguém mais ri perto do portão. É sempre demais. Cedo demais. Tarde demais. Amor demais. Me chamam de densa mas eu bóio na água. Na água, meus cabelos não fazem nós, meus olhos pouco querem ver, o som vem cristalizado, na água, eu consigo virar matéria. Queria sair por aí, beijando meninos pra me preencher. Não preencheria. Pessoas não me excitam. Sentimentos me excitam. Pessoas são ocas. Sentimentos, feitos de água. Não sei porque ainda escrevo. Acho que é porque só sobrou isso.